terça-feira, 12 de abril de 2011

Mais curiosidades...

Lee X Bernays:
Lee - o profissional tinha como propósito informar seus clientes e aconselhá-los a ganhar a aprovação do publico.
Bernays - estava mais interessado ​​em compreender e utilizar as forças sociais para gerir o público em nome de seus clientes.

Tanto Lee e Bernays defendiam a ideia de que a publicidade é essencial para a democracia.


·        Ao contrario das agências de publicidade e da imprensa, Lee não estava interessado em promover seus clientes vendendo seus produtos, personalidade ou ideias, ele estava preocupado com a o modo que elas seriam apresentadas e entendidas pelo público. Se um conceito não fosse aceito por eles, ele devia ser mudado. O trabalho de relações públicas, para Lee, teve dois objetivos: relacionar seus clientes para os seus públicos através de canais efetivos de comunicação, e ajustar os relacionamentos, aconselhando diferentes planos de ação quando há um desentendimento ou conflito.


·        Ao longo de sua vida profissional, Lee dedicou seu trabalho de relações públicas a muitas atividades beneficentes. Durante a I Guerra Mundial, ele tirou uma licença de seu trabalho para se tornar o diretor de publicidade da Cruz Vermelha Americana. Ele viu a oportunidade de mostrar para o resto do mundo a generosidade, boa vontade, desejo de ajudar a humanidade e ganhar a paz dos americanos. Lee continuou a servir a Cruz Vermelha até sua morte, e sua empresa continuou com o trabalho de caridade por muitos anos depois.

·     Lee acreditava que o conflito público poderia ser resolvido pacificamente por meio de relações públicas, utilizando da comunicação para levar a um entendimento e comprometimento de ambos os lados. Ele sentiu que essa técnica poderia ser usada para obter paz e entendimento em conflitos internacionais. Portanto na década de 1920 dedicou-se cada vez mais às relações públicas internacionais. Entre seus clientes estavam: França, Polônia e Romênia, as quais Lee aconselhou sobre a divulgação de empréstimos para a reconstrução no pós-guerra. 

·     Nessa época (1920), ele se viu envolvido em uma controvérsia sobre a União Soviética. Seu interesse na Rússia começou em 1905, quando fez uma visita ao país. Depois da revolução bolchevique, em 1917, Lee estudou as novas políticas dos soviéticos e suas tentativas de fechar todos os canais de comunicação com resto do mundo. Defendia a ideia que a América nunca poderia influenciar os soviéticos se não iniciarem um diálogo com eles. Como resultado, Lee foi atacado e investigado pelo estado americano sobre acusação de ser um agente de imprensa e propaganda da União Soviética, mas foi absolvido após investigações.

·     Ivy Lee faleceu novo, com 57 anos. Estava cheio de dividas, pois era muito mais interessado no sucesso de suas ideias e seus clientes que o seu próprio negócio e seus lucros. Durante sua vida profissional desenvolveu uma série de escritos sobre relações publicas, mas não os terminou até sua morte. O único livro que foi publicado por uma editora foi “Present-Day Russia” (1928).


·         Quando os militares dos EUA adotaram a política de incorporação de jornalistas nas unidades militares na guerra do Iraque em 2003, estavam seguindo o mesmo roteiro que Ivy Lee desenvolveu para lidar com a cobertura da imprensa do acidente na Pennsylvania Railroad em 1908.



Amanda Carolina Meyer Morgenstern

HEATH, Robert L. - "Encyclopedia of Public Relations" (2005); SAGE Publications - pgs 482-486.

Asteriscos e curiosidades da vida de Ivy Lee

*Um trabalho polêmico de Ivy Lee que nunca foi totalmente esclarecido foi uma assessoria para a I.G. Farben Industrie of Germany, na Alemanha, na década de 30. Foi acusado de apoiar o Nazismo, mas negou trabalhar para membros do governo

*Toda sua história de vida é entrelaçada e confundida com a história das Relações Públicas

*Pretendia  " humanizar " a relação entre a empresa e povo

*Deixou o jornalismo para se empenhar as Relações Públicas

*Trabalhou também como publicitário para a Cruz Vermelha americana durante a Primeira Guerra Mundial

*Morreu devido a um tumor no cérebro em 1934





segunda-feira, 11 de abril de 2011

Comentário Prof. Adriana

Pessoal,

Espero que vcs estejam aprendendo com este exercício. Por favor lembrem que o objetivo desta atividade não é apenas postar uma informação e depois não mais voltar ao site. Também não esqueçam de citar as fontes das informações que vcs colocam no blog.
Gostaria que vcs promovam uma efetiva troca de informações neste espaço. Voltem ao blog com frequencia, leiam e comentem as informações postadas seus colegas. Acredito que assim será possível um aprendizado coletivo, interativo e também divertido.

Continuem pesquisando e postando!
Até mais,

Adriana

Declaração de Princípios

Ivy Lee foi um jornalista americano nascido em 1877, considerado o pioneiro das relações públicas que trabalhou com assessoria de grandes nomes como a Pensilvannia Railroad e J. Rockfeller. No início do século XX a concentração de riquezas e os enormes monopólios geravam revoltas populares, cujo protesto era contra os abusos e exploração de grandes empresas sobre o povo.  No meio desse contexto, Lee defendia a ideia de comunicação entre as organizações e o público e em 1906 publicou a Declaração de Princípios marcando o início das RP.

"Este não é um departamento de imprensa secreto. Todo nosso trabalho é feito às claras. Pretendemos divulgar notícias, e não distribuir anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor como matéria paga, não o publiquem. Nossa informação é exata. Maiores pormenores sobre qualquer questão serão dados prontamente e qualquer redator interessado será auxiliado, com o máximo prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nosso planos com absoluta franqueza, para o bem da empresa e das instituições públicas, são divulgar à imprensa e ao público dos EUA, pronta e exatamente, informações relativas a assuntos com valor e interesse para o público."

Com esta carta enviada a jornais americanos, deixa claro que o papel de qualquer jornalista é apoiar a clareza e a verdade. Ele demonstra sua forma de "fazer" relações públicas e evidencia seus aspectos de política de trabalho. Dessa forma, Lee lança a frase: “O público deve ser informado” e ganha reconhecimento e uma grande reputação. Seu grande feito foi conseguir fazer o cliente entender que algumas decisões da empresa devem levar em consideração a opinião pública em geral e também modificar atitudes da empresa para que se adaptassem às necessidades do cliente.



Giovanna Guilhermina Zorgniotti Dedini

sábado, 9 de abril de 2011


           Em 1909 Ivy Lee tornou-se o responsável pelo setor de “divulgação e propaganda” da Pennsylvannia Railroad, empresa onde permaneceu até 1914. Fica claro que a atividade desenvolvida por Lee não pode ser considerada uma “extensão” dos serviços de publicidade e propaganda da época. Até mesmo porque o seu cunho é político; trata-se de um métier preocupado em manter um relacionamento satisfatório com seus diferentes públicos. Tal ação é desenvolvida de forma profissional, capaz de dar um direcionamento lógico e ordenado a partir de um conjunto de estratégias, previamente planejadas, com o objetivo de compor uma política de comunicação direcionada para os públicos de uma organização.
           Não se tratava de uma extensão ou desdobramento da publicidade e propaganda, mas sim, de uma nova e específica atividade profissional. Uma atividade profissional que nasce em decorrência das transformações ocorridas na sociedade americana, mas especificamente na esfera política, tendo como ponto de partida as lutas e reivindicações do operariado.

Giovanna Bruna Sandrini Bilibio

Modelo de Produtividade Pessoal por Ivy Lee

Depois de tantas postagens sobre o Ivy Lee fica dificil falar algo novo. Mas pesquisando no Youtube encontrei 2 vídeos interessantes: o primeiro fala sobre 7 passos descritos por Ivy Lee para potencializar a produtividade pessoal diariamente, já o segundo é um documentário, divido em 6 partes, sobre a história da Relações Públicas. Não fala especificamente sobre Ivy Lee, mas é muito interessante como um todo. O único problema é que ambos os vídeos são em inglês, eu tentei procurar legendado mas não encontrei. Aqui segue os vídeos, espero que gostem.


Camila Macedo Neves

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jornalista americano que no início do século XX percebeu, em meio à crise dos grandes empresários com a imprensa, a oportunidade de criar um novo negócio. Surge então o primeiro escritório de Relações Públicas, em Nova Iorque, 1906, tendo como intuito maior o de assessorar os empresários no contato com a imprensa e a opinião pública.
     Os Estados Unidos da época vivia em meio a um desenvolvimento frenético, onde os industriais, por meio do poder político, fortaleciam o controle sobre o governo, usando-o na promoção de seus interesses econômicos. Por outro lado “os trabalhadores vivenciavam péssimas condições de trabalho em razão, principalmente, dos salários aviltantes e das longas jornadas de trabalho”  Outro agravante da crise era a maneira com que as empresas tratavam seus públicos, a frase “O público que se dane”, de William H. Vanderbilt, virou lema entre os industriais da época e mostra com clareza a falta de sintonia entre empresa e os seus públicos . A junção de todos estes fatores gerou uma verdadeira guerra de denúncias entre a imprensa e as industrias que os praticavam os abusos.
     Quando, em 1906, prestava assessoria para a indústria de carvão Ivy Lee criou o primeiro “serviço de imprensa” e escreveu uma carta aos editores dos principais jornais do país, a carta tornou-se um documento histórico para relações públicas. Lee rezava o seguinte na parte final da carta: “...Em resumo, nosso plano é divulgar, prontamente, para o bem das empresas e das instituições públicas com absoluta franqueza, à imprensa e ao público dos Estados Unidos, informações relativas a assuntos de valor e de interesse para o público”.
     Lee surge como solução para os problemas dos grandes capitalistas. “Encontram em Ivy Lee o grande caminho para evitar denúncias, a partir de uma nova atitude de respeito pela opinião pública” . Ele assessorava os empresários para corrigir suas atitudes na divulgação de informações favoráveis às empresas. “Sua assessoria fornecia notícias empresariais para serem divulgadas jornalisticamente e não como anúncios, ou como matéria paga. Eram informações corretas, de interesse e de importância para com o público, sobre as empresas, evitando assim denúncias”  Segundo Gruning e Hunt, Ivy Lee foi a principal figura do modelo de comunicação de Informação pública. Este modelo era “Caracterizado como jornalista, dissemina informações relativamente objetivas por meio da mídia em geral e de meios específicos”
     Lee com seu trabalho de assessoria consegue substituir o antigo lema “o público que se dane” por “o público tem de ser informado”. Isto não quer dizer que o público tenha sido informado sobre as reais condições de exploração do trabalho e de como os clientes eram realmente tratados. Ele conseguiu acabar com alguns abusos, e apenas camuflar outros, criando uma nova imagem para as industrias e seus donos. 



Cristian Bernardo Mika da Graça



Bibliografia:
PERUZZO, Cicília Krohling. Relações Públicas no Modo de Produção Capitalista. 2ª ed. São Paulo : Summus, 1986.
KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Relações Públicas e Modernidade : novos paradigmas na comunicação organizacional. São Paulo : Summus, 1997.
PINHO, J.B. Propaganda Institucional : usos e funções da propaganda em relações públicas. São Paulo : Summus, 1990.
WEY, Hebe. O Processo de Relações Públicas. São Paulo : Summus, 1983. 


Rápidas atuações de Ivy Lee


  Um ano após a criação da Associação Americana Antiboicote, em 1903, Ivy Lee, sugeriu em artigos para o jornal um tipo de atividade de relacionamento para as instituições e seus públicos.
   A atuação de Ivy Lee, como profissional de Relações Públicas, está direcionada para as grandes empresas e para os magnatas daquele período. Entre 1903 e 1924, o EUA, foi marcado por uma intensa campanha contra o trabalho excessivo americano. Nesta época, surgiram denuncias, em jornais e revistas, de ações ilegais que eram executadas tanto em empresas governamentais quanto privadas.
   Segundo Gurgel, as empresas ferroviárias foram as mais atingidas por essas denúncias nesse período.  Para se defenderem, elas organizaram uma contra-ofensiva a essas críticas montando uma “assessoria de imprensa e Relações Públicas”.
  Lee desempenhou um papel muito importante na George F. Baer & Associates, em 1906, durante uma crise que originou a partir de uma greve ocorrida em uma indústria de carvão. Foi nessa ocasião que Ivy Lee inaugurou a etapa das Relações Públicas baseadas na máxima de que “ o público deve ser informado”, que foi baseada em sua “Declaração de Princípios”:
“Este não é um Departamento de Imprensa secreto. Todo nosso trabalho é feito às claras. Pretendemos divulgar notícias, e não distribuir anúncios. Se acharem que o nosso assunto ficaria melhor como matéria paga, não o publiquem. Nossa informação é exata. Maiores pormenores sobre qualquer questão serão dados prontamente e qualquer redator interessado será auxiliado, com o máximo prazer, na verificação direta de qualquer declaração de fato. Em resumo, nossos planos, com absoluta franqueza, para o bem das empresas e das instituições públicas, é divulgar à imprensa e ao público dos Estados Unidos, pronta e exatamente informações relativas a assuntos com valor e interesse para o público.” ( GURGEL, Op. cit. p. 12.)
  Em 1909 Lee tornou-se o responsável pelo setor de “divulgação e propaganda”da Pennsylvannia Railroad, permanecendo nessa empresa até 1914. A atividade desenvolvida por Ivy Lee, estava longe de ser considerada uma extensão dos serviços de publicitade e propaganda da época, já que seu desempenho profissional originou-se devido as transformações ocorridas na sociedade americana, principalmente na parte política, sendo as lutas e reivindicações do operariado o ponto de partida.
  No ano de 1914 Lee também desenvolveu um trabalho para a família Rockfeller, trabalhando a imagem de John Rockfeller, que estava sendo mal visto devido os maus tratos aos grevistas em uma de suas empresas. Este foi para alguns autores, o início da preocupação com o papel social dos negócios.
  Finalmente, em 1916, Ivy Lee abriu a Lee & Harris & Lee, sua empresa de consultoria de Relações Públicas.




Kassy Mary Kakuhama Oliveira